Esta quarta-feira, quase todo o país acordou com as nuvens a pintarem o céu de cinzento. Alguns, no caminho de casa para o trabalho, terão até feito pequenas corridas para escaparem aos chuviscos. Mas o cenário vai mudar em poucas horas. A partir de quinta-feira, dia 22 de junho, as temperaturas vão subir gradualmente e pode mesmo acontecer uma onda de calor no final do mês.

O aviso é dado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que prevê “uma subida generalizada dos valores da temperatura a partir desse dia, em especial da máxima”.

São de esperar “valores acima de 30 °C na generalidade do território, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores entre os 35 e 40 °C no interior, em especial na região Sul onde deverão ser ultrapassados os 40 °C”.

O IPMA adianta também ser “expectável a ocorrência de uma onda de calor no final do mês de junho”. Por isso, aconselha o instituto, é necessário “seguir as orientações da DGS para situações de tempo quente”.

Como proteger-se contra o calor intenso?

Face à previsão do IPMA, a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou no seu site uma lista de recomendações para “proteção contra o calor”.

Em primeiro lugar, a DGS recomenda que, numa situação de calor intenso, procure “ambientes frescos e arejados ou climatizados” e aumente “a ingestão de água”. Deve beber, pelo menos, “1,5 litros” de água por dia, o equivalente a cerca de “8 copos”.

Pode também optar por “beber sumos de fruta natural sem adição de açúcar”, mas deve “evitar o consumo de bebidas alcoólicas”.

É de evitar também “a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11h00 e as 17h00”. 

Noutro plano, deve “utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas e após os banhos na praia ou piscina”.

Aconselha-se ainda que utilize “roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta”.

Se for possível, deve também deixar para outra altura as “atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer no exterior”.

Caso tenha de viajar de carro, o ideal é “escolher as horas de menor calor” para o fazer. Além disso, não deve “permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol”.

Importa também “dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas”.

Quem tiver doenças crónicas ou estiver sujeito “a medicação e/ou dietas específicas” deve seguir “as recomendações do médico assistente ou do centro de contacto SNS 24: 808 24 24 24”.

Quanto às crianças, é preciso assegurar que “consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado”, sendo que “as crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta”.

Por fim, deve “contactar e acompanhar as pessoas idosas e outras pessoas que vivam isoladas” e “assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado”.